História de Israel 4

Páginas 1 | 2 | 3 | 4

leitura: 19 min

7. O ‘exílio’ como história e ideologia

O exílio constituiu o tema do Segundo Seminário Europeu sobre Metodologia Histórica, realizado em 1997. No livro, publicado em 1998, o assunto está dividido em três partes: cinco artigos (de Rainer Albertz, Bob Becking, Robert P. Carroll, Lester L. Grabbe e Thomas L. Thompson), três réplicas (de Hans M. Barstad, Philip R. Davies e Knud Jeppesen) e as conclusões do debate, elaboradas por Lester Grabbe[15].

Por que debater o exílio?

Na Introdução, Lester Grabbe explica: porque o exílio é um forte símbolo na Bíblia e na pesquisa vétero-testamentária. Quando história de Israel e literatura bíblica são discutidas, as coisas costumam ser classificadas em pré-exílicas e pós-exílicas. O conceito de culpa-exílio (castigo)-restauração teve grande impacto tanto no Antigo Testamento quanto na discussão teológica sobre o Antigo Testamento.

Sem dúvida, ‘o exílio’ é um divisor de águas nas discussões sobre o Antigo Testamento, tendo como rivais apenas os esquemas de pré-monárquico/monárquico ou preestabelecimento/estabelecimento na terra.

Lester L. Grabbe, Leading Captivity Captive: The ‘Exile’ as History and IdeologyRecentemente, dúvidas sobre o exílio foram levantadas. Estamos lidando com um evento histórico ou não? Os judaítas foram, de fato, para a Babilônia no século VI a.C. e voltaram (seus descendentes) para reconstruir o Templo e o país? Ou não estaríamos lidando com um conceito teológico e literário que serviu muito bem às necessidades dos judeus oprimidos, dos líderes religiosos, pregadores, teólogos e escritores, mas que teria sido totalmente inventado? Estas são algumas das perguntas que motivaram a escolha deste tema para o Segundo Seminário Europeu sobre Metodologia Histórica.

No final do livro, Lester L. Grabbe faz uma reflexão e síntese do denso e proveitoso Seminário sobre o Exílio[16].

Dois pontos em que todos concordaram: 1. Ocorreram uma ou mais deportações dos reinos de Israel e Judá; 2. O termo ‘exílio’ é fortemente marcado por significados teológicos e ideológicos e não é, de modo algum, um termo neutro para se referir a uma época ou a um episódio históricos.

Uma das principais questões debatidas no Seminário foi se o uso do termo ‘exílio’ deveria ser banido ou não do meio acadêmico, já que sua carga teológica e ideológica é um problema para o estudo deste fenômeno ou época.

Dois grupos se formaram: Lemche, Thompson e Davies consideraram seu uso problemático e prefeririam seu banimento; Knauf, Barstad, Becking e Albertz, por outro lado, consideraram o seu uso adequado. Alguns sugeriram ‘deportação’ no lugar de ‘exílio’, alegando ser este um termo neutro (Davies), enquanto outros, como Lemche, discordaram também deste termo porque isto seria assumir ainda uma agenda bíblica e não histórica. Não houve consenso quanto a este ponto.

Outro ponto de desacordo foi a questão da ‘volta’ do exílio. Alguns acham que não houve continuidade entre os deportados da época babilônica e os que se estabeleceram na Judeia na época persa. Outros acham que se pode falar de uma ‘volta do exílio’.

E aí no meio se discutiu o que significa ‘continuidade’, que não precisa ser necessariamente biológica, pode ser cultural. Discutiu-se aí o significado de etnia. Mas e se foi outro(s) povo(s) que veio para Judá na época persa, deportado, por sua vez, de sua terra natal? Ainda: se nem todos os judaítas foram exilados – apesar do mito da ‘terra vazia’ –, por que falar de ‘restauração’, outro conceito extremamente problemático?

Outro problema discutido: não existe descrição do ‘exílio’ e parece que os judeus da época do Segundo Templo não se viam como exilados, como concordaram Carroll, Grabbe e Davies. Por isso, alguns sugeriram falar de ‘diáspora’ ao invés de ‘exílio’. Mas qual é a diferença real entre ‘diáspora’ e ‘exílio’ se o hebraico usa a mesma palavra (gôlâ) tanto para ‘exílio’ quanto para ‘diáspora’ e ‘deportação’?

Forte discussão e grande desacordo, assim como no primeiro Seminário, ocorreram quando se tratou do uso das fontes, especialmente do texto bíblico. E aí, naturalmente, a disputa sobre a validade histórica de Esdras esteve em primeiro plano.

Finalmente, Lester L. Grabbe traz, nas últimas páginas, as respostas dos participantes do Seminário às duas seguintes questões: Pode uma história do ‘exílio’ ser escrita? Se pode, como ela seria?

Rainer Albertz disse que, apesar de termos alguns dados, não podemos narrar uma história do exílio. Bob Becking acha que pode, só que seria uma história/estória à base de tentativas e aberta ao debate. Hans M. Barstad disse que uma pequena história pode ser escrita, enquanto Robert P. Carroll acredita que seria uma história ideológica, uma ‘história’, entre aspas. Já Philip R. Davies propõe a escrita de duas histórias: uma seria sobre a ideia de exílio e sua emergência no judaísmo e na literatura judaica que venha até o século XIX, enquanto a outra seria sobre os movimentos populacionais na área, onde, de modo especulativo, até que poderia ser usada a literatura bíblica. Lester L. Grabbe acredita que uma história do exílio pode ser escrita, o mesmo acontecendo com Knud Jeppesen que propõe uma versão mais curta com os fatos históricos conhecidos e uma versão mais longa que preencheria os vazios entre os fatos com outras fontes, como o mito do exílio. Ernst Axel Knauf escreveria uma história entre 20 e 200 páginas, enquanto Niels Peter Lemche escreveria duas histórias, como Philip Davies, e, finalmente, Thomas L. Thompson escreveria uma história de umas 300 páginas baseada somente na arqueologia.

 

8. Observações finais

As reações a estas mudanças são muitas e diversas.  Há quem lamente que o consenso tradicional da ‘História de Israel’ tenha virado fumaça, como Gary A.Rendsburg no artigo de 1999, citado no começo. Há quem fique preocupado com a falência das categorias da ‘teologia bíblica’ (como paradigma teológico, hoje recusado por muitos) e procure apresentar sugestões para uma teologia bíblica futura, como Robert Karl Gnuse, em seu livro de 1997. Mas, lamentar o passado ou tentar reconstruir movimentos datados seria a solução?

Há quem se preocupe com a postura desconstrutivista e anti-histórica da pós-modernidade, que pode levar o projeto de uma ‘História de Israel’ crítica à falência. Ou que avente a hipótese de que o enorme fluxo de informações a que estamos submetidos pode estar nos levando a duvidar da existência dos ‘fatos’ e a acreditar apenas na realidade virtual, como o assiriólogo italiano Mario Liverani, membro do ‘Seminário Europeu sobre Metodologia Histórica’, no artigo Nuovi sviluppi nello studio della storia dell’Israele biblico, em Biblica 80 (1999) Roma, PIB, p. 488-505.

Diz Liverani nas p. 497-499 : “As mais recentes tendências de crítica textual e literária me parecem marcadas por tendências desconstrutivistas, não direcionadas para uma nova história, mas para novas teologias. Paira também sobre os estudos bíblicos a fórmula do ‘fim da história’. Parece que a colocação correta dos materiais documentários no seu contexto cronológico e contextual  específico não é mais considerada a base ou o fim último da análise do texto. O gênero literário da ‘História de Israel’ é declarado, enfim, ‘obsoleto’. Parafraseando os títulos de alguns livros recentes bastante estimulantes, há quem se pergunte se é possível escrever uma história de Israel, há quem se coloque em busca do antigo Israel como algo problemático, há quem fale claramente de uma falsificação histórica, ou de uma construção literária, ou, de qualquer maneira, de um edifício que deva ser derrubado (e não necessariamente reconstruído). O velho problema de avaliar a credibilidade de uma reconstrução histórica em relação a um referente real, de fatos realmente acontecidos, de realidades que existiram de fato, é desconsiderado quando falta o referente real. Creio que esta postura ‘pós-moderna’ (como se costuma defini-la) tenha muito a ver com a enorme proliferação dos fluxos de informação indireta e incontrolável a que estamos submetidos. A realidade da informação instantânea leva a duvidar da existência mesma do fato: é o mundo ‘virtual’ no qual estamos imersos”

Há quem entenda que muitos historiadores ainda mantêm uma postura positivista e que manifeste a firme convicção de que o futuro pertence à história narrativa, como o norueguês Hans M. Barstad, outro membro do ‘Seminário Europeu sobre Metodologia Histórica’.

Niels Peter Lemche

Para Barstad, as antigas categorias de fato e ficção já não são distinções válidas. Para ele, pesquisadores como Lemche e Thompson ainda se debatem dentro de um conceito convencional de história que é altamente problemático. Embora falem de ‘mudança de paradigma’ em suas contribuições para a historiografia israelita, isto está longe de ser uma descrição adequada do que está realmente acontecendo.

Em suas palavras: “Lemche e Thompson, aparentemente não atentos para o fato de que o que nós podemos chamar de um conceito convencional de história é hoje altamente problemático, ainda trabalham dentro dos parâmetros da pesquisa histórico-crítica, assumindo que história é uma ciência e que devemos trabalhar com fatos ‘brutos’”.

E defende, em seguida: “No futuro nós teremos, irreversivelmente, de nos ajustar a uma visão de história diferente daquela dos métodos histórico-críticos do século XIX: uma história com diferentes ‘verdades’ que quase nunca será o resultado de análises científicas de dados empíricos. Uma história cujo estatuto epistemológico deveria não mais ser visto como parte da ciência, mas como uma parte da cultura. Uma história caracterizada por uma multiplicidade de métodos”[17].

Enfim, muitos desafios foram lançados, mas a meta proposta pelos pesquisadores mais críticos é difícil de ser atingida. Lemche, por exemplo, classifica várias das mais conhecidas ‘Histórias de Israel’, como paráfrases dogmáticas da imagem do antigo Israel gerada na Alemanha a partir da grande influência de Martin Noth. Neste grupo estão as “Histórias de Israel” de Martin Metzger (1983), Siegfried Hermann (1973), Antonius H. J. Gunneweg (1972), Georg Fohrer (1977), Herbert Donner (1984-86), Gösta W. Ahlström (1993), J. Alberto Soggin (1984;1993), R. de Vaux (1971;1973)… Com um detalhe: S. Hermann se aproxima bastante de J. Bright, enquanto que R. de Vaux, ao tentar uma posição intermediária entre Alt/Noth e Albright/Bright, acaba retrógrado na questão patriarcal[18].

 

Atualização: 05.01.2021

Para os rumos da pesquisa  na segunda década do século XXI, recomendo a leitura, nesta mesma página, de meu artigo A história de Israel e Judá na pesquisa atual.

 

Bibliografia

BARSTAD, H. M. The Myth of the Empty Land: A Study in the History and Archaeology of Judah During the ‘Exilic’ Period. Oslo: Scandinavian University Press, 1996, 113 p. – ISBN 9788200227564.

BRIGHT, J. História de Israel. 7. ed. São Paulo: Paulus, 2003, 638 p. – ISBN 8534920885.

CARTER, C. E.; MEYERS, C. L. (eds.) Community, Identity and Ideology: Social Sciences Approaches to the Hebrew Bible. Winona Lake, Indiana: Eisenbrauns, 1996, 574 p. – ISBN  9781575060057.

COOTE, R. B.; WHITELAM, K. W. The Emergence of Early Israel in Historical Perspective. Sheffield: Sheffield Phoenix Press, [1987] 2010, 220 p. – ISBN 9781906055455.

DA SILVA, A. J. A história de Israel e Judá na pesquisa atual. Observatório Bíblico, 2018.

DA SILVA, A. J. A história de Israel na pesquisa atual. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 71, p. 62-74, 2001.

DA SILVA, A. A História de Israel na Pesquisa Atual, em FARIA, J. F. (org.) História de Israel e as pesquisas mais recentes. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 43-87, – ISBN 8532628281.

DA SILVA, A. J. A origem dos antigos Estados israelitas. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 78, p. 18-31, 2003.

DA SILVA, A. J. O Pentateuco e a História de Israel. In: Teologia na pós-modernidade. Abordagens epistemológica, sistemática e teórico-prática. São Paulo: Paulinas, [2003] 2007, p. 173-215.

DA SILVA, A. J. Pode uma ‘história de Israel’ ser escrita? Observando o debate atual sobre a história de Israel. Ayrton’s Biblical Page, 2015.

DA SILVA, A. J. The History of Israel in the Current Research. Journal of Biblical Studies 1:2, Apr.-Jun. 2001.

DAVIES, P. R. In Search of ‘Ancient Israel’: A Study in Biblical Origins. 2. ed. London: Bloomsbury T & T Clark, 2015, 192 p. – ISBN 9780567662972.

DAVIES, P. R. Minimalism, “Ancient Israel,” and Anti-Semitism. “Minimalism” is an invention. None of the “minimalist” scholars is aware of being part of a school, or a group, em The Bible and Interpretation, 2002.

DAVIES, P. R. On the Origins of Judaism. London: Equinox Publishing, 2008, 224 p. – ISBN 9781845533267.

DAVIES, P. R. The Origins of Biblical Israel. London: T & T Clark, 2007, 192 p. – ISBN 9780567043818.

DAVIES, P. R. Whose Bible Is It Anyway? London: T. & T. Clark, [1995] 2004, 159 p. – ISBN 9780567080738.

DE PURY, A. (org.) O Pentateuco em Questão: As origens e a composição dos cinco primeiros livros da Bíblia à luz das pesquisas recentes 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2002, 324 p. – ISBN 8532615899.

DEVER, W. G. Contra Davies, em The Bible and Interpretation, 2003.

DONNER, H. História de Israel e dos Povos Vizinhos I-II. 6. ed. São Leopoldo: Sinodal/EST, [1997] 2014, 535 p. – ISBN vol. I:8523304649; – ISBN vol. II:8523304657.

DOZEMAN, T. B; SCHMID, K. (eds.) A Farewell to the Yahwist? The Composition of the Pentateuch in Recent European Interpretation. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2006, 208 p. – ISBN 9781589831636. Disponível online.

FARIA, J. F. (org.) História de Israel e as pesquisas mais recentes. 2. ed. Vozes: Petrópolis, 2003, 181 p. – ISBN 8532628281.

FINKELSTEIN, I. Le Royaume biblique oublié. Paris: Odile Jacob, 2013, 288 p. – ISBN 9782738129475. Leia mais aqui.

FINKELSTEIN, I. O reino esquecido: arqueologia e história de Israel Norte. São Paulo: Paulus, 2015, 232 p. – ISBN 9788534942393. Leia mais aqui.

FINKELSTEIN, I. The Forgotten Kingdom: The Archaeology and History of Northern Israel. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2013, 210 p. – ISBN 9781589839106. Disponível online.

FINKELSTEIN, I.; MAZAR, A. The Quest for the Historical Israel: Debating Archaeology and theaqui History of Early Israel. Atlanta: Society of Biblical Literature, 2007, 220 p. – ISBN 9781589832770. Disponível online.

FINKELSTEIN, I.; SILBERMAN, N. A. A Bíblia desenterrada: A nova visão arqueológica do antigo Israel e das origens dos seus textos sagrados. Petrópolis: Vozes, 2018, 392 p. – ISBN 9788532658074. Leia mais aqui.

FINKELSTEIN, I.; SILBERMAN, N. A. A Bíblia não tinha razão [The Bible Unearthed]. São Paulo: A Girafa, 2003, 515 p. – ISBN 8589876187.

FINKELSTEIN, I.; SILBERMAN, N. A. David and Solomon: In Search of the Bible’s Sacred Kings and the Roots of the Western Tradition. New York: The Free Press, 2006, 349 p. – ISBN 9780743243629 (Hardcover) – ISBN 9780743243636 (Paperback, 2007).

FRITZ, V.; DAVIES, P. R. (eds.) The Origins of the Ancient Israelite States. Sheffield: Sheffield Academic Press, 1996, 168 p. – ISBN 9781850757986.

GARBINI, G. Letteratura e politica nell’Israele antico. Brescia: Paideia, 2010, 224 p.

GARBINI, G. Myth and History in the Bible. London: T. & T Clark, 2006, 149 p. – ISBN 9780567040145. Tradução do italiano: Mito e storia nella Bibbia. Brescia: Paideia, 2003, 216 p. – ISBN 9788839406576.

GERTZ, J. C.; SCHMID, K. ; WITTE, M. (eds.) Abschied vom Jahwisten: Die Komposition des Hexateuch in der jüngsten Diskussion. Berlin: Walter de Gruyter, 2002, 356 p. – ISBN 978311017121. Confira mais aqui.

GNUSE, R. K. No Other Gods: Emergent Monotheism in Israel. Sheffield: Sheffield Academic Press, 1997, 392 p. – ISBN 9781850756576.

GOTTWALD, N. K. As Tribos de Iahweh: Uma Sociologia da Religião de Israel Liberto, 1250-1050 a.C. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2004, 939 p. – ISBN 8534922330.

GRABBE, L. L. (ed.) Ahab Agonistes: The Rise and Fall of the Omri Dynasty. London/New York: T & T Clark, 2007, 368 p. ISBN 9780567045409.

GRABBE, L. L. Ancient Israel: What Do We Know and How Do We Know It? London: T & T Clark, 2007; Revised Edition: 2017, 328 p. – ISBN 9780567032546.

GRABBE, L. L. (ed.) Can a ‘History of Israel’ Be Written? Sheffield: Sheffield Academic Press, 1997, 201 p. [T. & T. Clark: 2005 – ISBN 0567043207].

GRABBE, L. L. (ed.) Did Moses Speak Attic? Jewish Historiography and Scripture in the Hellenistic Period. Sheffield: Sheffield Academic Press, 2001, 352 p. – ISBN 1841271551.

GRABBE, L. L. (ed.) Enquire of the Former Age: Ancient Historiography and Writing the History of Israel. London: T & T Clark, 2011, 304 p. – ISBN 9780567098238.

GRABBE, L. L. (ed.) Even God Cannot Change the Past: Reflections on Seventeen Years of the European Seminar in Historical Methodology. London: Bloomsbury T&T Clark, 2018, 256 p. – ISBN 9780567680563. Leia mais aqui.

GRABBE, L. L. (ed.) Good Kings and Bad Kings. London: T & T Clark, 2005, x + 371 p. ISBN 0826469760.

GRABBE, L. L. (ed.) Israel in Transition 1: From Late Bronze II to Iron IIA (c. 1250-850 BCE): The Archaeology. London: T & T Clark, 2008, 224 p. – ISBN 9780567027269.

GRABBE, L. L. (ed.) Israel in Transition 2: From Late Bronze II to Iron IIA (c. 1250-850 BCE): The Texts. London: T & T Clark, 2010, 224 p. – ISBN 9780567649485.

GRABBE, L. L. (ed.) Leading Captivity Captive. The ‘Exile’ as History and Ideology. Sheffield: Sheffield Academic Press, 1998, 161 p. – ISBN 9781850759072.

GRABBE, L. L. (ed.) ‘Like a Bird in a Cage’: The Invasion of Sennacherib in 701 BCE. Sheffield: Sheffield Academic Press, 2003, 352 p. – ISBN 0826462154.

HOPKINS, D. C. The Highlands of Canaan: Agricultural Life in the Early Iron Age. Sheffield: Sheffield Phoenix Press, [1985] 2010, 330 p. – ISBN 9781906055462.

JAMIESON-DRAKE, D. Scribes and Schools in Monarchic Judah: A Socio-Archaeological Approach. Sheffield: Sheffield Phoenix Press, [1991] 2010, 240 p. – ISBN 9781906055486.

LEMCHE, N. P. Ancient Israel: A New History of Israelite Society. Sheffield: Sheffield Academic Press, [1988], 1995, 276 p. – ISBN 9781850750178.

LEMCHE, N. P. Die Vorgeschichte Israels. Von den Anfängen bis zum Ausgang des 13. Jahrhunderts v.Chr. Stuttgart: Kohlhammer, 1996, 231 p. – ISBN 9783170123304.a

LEMCHE, N. P. Early Israel: Anthropological and Historical Studies on the Israelite Society Before the Monarchy. Leiden: Brill, 1985, 496 p. – ISBN 9789004078536.

LEMCHE, N. P. Historical Dictionary of Ancient Israel. Lanham, MD: The Scarecrow Press, 2004, 314 p. – ISBN 9780810848481.

LEMCHE, N. P. Prelude to Israel’s Past: Background and Beginnings of Israelite History and Identity. Peabody, MA: Hendrickson Publishers, 1998, 272 p. – ISBN 9781565633438.

LEMCHE, N. P. The Canaanites and Their Land: The Tradition of the Canaanites. Sheffield: Sheffield Academic Press, 1991, 560 p. – ISBN 9781850753100.

LEMCHE, N. P. The Israelites in History and Tradition. Louisville: Kentucky, Westminster John Knox, 1998, ix + 246 p. – ISBN 9780664220754.

LIVERANI, M. Nuovi sviluppi nello studio della storia dell’Israele biblico. Biblica, Roma, n. 80, p. 488-505, 1999.

LIVERANI, M. Para além da Bíblia: História antiga de Israel [Oltre la Bibbia]. São Paulo: Loyola/Paulus, 2008, 544 p. – ISBN 9788515035557.

LIVERANI, M. (org.) Recenti tendenze nella ricostruzione della storia antica d’Israele. Roma: Accademia Nazionale dei Lincei. Distribuidor: Bardi Editore. 2005, 202 p. – ISBN 8821809331.

LONG, V. P. (ed.) Israel’s Past in Present Research: Essays on Ancient Israelite Historiography. Winona Lake, Indiana: Eisenbrauns, 1999, xx + 612 p. – ISBN 1575060280.

MOORE, M. B.; KELLE, B. E. Biblical History and Israel’s Past: The Changing Study of the Bible and History. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 2011, xvii + 518 p. – ISBN 9780802862600. Kindle Edition: Amazon.com.br.

NIEMANN, H. M. Herrschaft, Königtum und Staat: Skizzen zur soziokulturellen Entwicklung im monarchischen Israel. Tübingen: Mohr Siebeck, 1993, x + 318 p. – ISBN 9783161460593.

PIXLEY, J. A História de Israel a partir dos pobres. 11. ed. Petrópolis: Vozes, [1989] 2013, 136 p. – ISBN 9788532602824.

RENDTORFF, R. Das überlieferungsgeschichtliche Problem des Pentateuch. Berlin: Walter de Gruyter, 1977, 177 p. – ISBN 9783110067606.

ROGERSON, J. W. (ed.) The Pentateuch: A Sheffield Reader. Sheffield: Sheffield Academic Press, 1996, 371 p. – ISBN 1850757852.

SCHMID, H. H.  Der sogenannte Jahwist:  Beobachtungen und Fragen zur Pentateuchforschung. Zürich: Theologischer Verlag, 1976, 194 p. – ISBN 9783290113681.

SKA, J.-L. Introdução à Leitura do Pentateuco: Chaves para a Interpretação dos Cinco Primeiros Livros da Bíblia. São Paulo: Loyola, 2003; 3a edição: 2014, 304 p. ISBN 8515024527. 

THOMPSON, T. L. Early History of the Israelite People from the Written and Archaeological Sources. 2. ed. Leiden: Brill, [1992], 2000, xv + 489. – ISBN 9789004119437.

THOMPSON, T. L. Jerusalem In Ancient History And Tradition. London: T. & T. Clark, 2004, 301 p. – ISBN 9780567083609.

THOMPSON, T. L. The Historicity of the Patriarchal Narratives: The Quest for the Historical Abraham. Berlin: Walter de Gruyter, 1974 e Harrisburg: Trinity Press International, 2002, 404 p. – ISBN 9781563383892.

THOMPSON, T. L. The Messiah Myth: The Near Eastern Roots of Jesus and David. New York: Basic Books, 2005, 414 p. – ISBN 9780465085774.

THOMPSON, T. L. The Mythic Past: Biblical Archaeology and the Myth of Israel. New York: Basic Books, 1999, 436 p. – ISBN 9780465006496.

VAN SETERS, J. Abraham in History and Tradition. New Haven: Yale University Press, 1975, 304 p. – ISBN 9780300017922.

VAN SETERS, J. Em Busca da História: Historiografia no Mundo Antigo e as Origens da História Bíblica. São Paulo: EDUSP, 2008, 400 p. – ISBN 8531411017.

VAN SETERS, J. Prologue to History: The Yahwist as Historian in Genesis. Louisville, Kentucky: Westminster John Knox, 1992, 388 p. – ISBN 9780664221799.

VAN SETERS, J. The Life of Moses: The Yahwist as Historian in Exodus-Numbers. Louisville, Kentucky: Westminster John Knox, 1994, 544 p. – ISBN 9780664223632.

VAN SETERS, J. The Pentateuch: A Social-Science Commentary. London: T & T Clark, 2004, 240 p. – ISBN 9780567080882.

WILLIAMSON, H. G. M. (ed.) Understanding the History of Ancient Israel. Oxford: Oxford University Press, 2007, 452 p. – ISBN 9780197264010.

WHITELAM, K. W. Rhythms of Time: Reconnecting Palestine’s Past, 2013 – ISBN 9780957540613. Ebook disponível na Amazon. Leia mais aqui.

WHITELAM, K. The Invention of Ancient Israel: The Silencing of Palestinian History. London: Routledge, 1996, 296 p. – ISBN 9780415107594.

ZABATIERO, J. P. T. Uma história cultural de Israel. São Paulo: Paulus, 2013, 296 p. – ISBN 9788534937597.

>> Bibliografia atualizada em 24.10.2018

> Este artigo foi publicado, de forma mais resumida, em Cadernos de Teologia, Campinas, n. 9, p. 42-64, 2001.

Artigos


[15]. Cf. GRABBE, L. L. (ed.) Leading Captivity Captive: The ‘Exile’ as History and Ideology. Sheffield: Sheffield Academic Press, 1998.

[16]. Cf. Idem, ibidem, p. 146-156.

[17]. BARSTAD, H. M. History and the Hebrew Bible, em GRABBE, L. L. (ed.) Can a ‘History of Israel’ Be Written? p. 50-52.

[18]. Cf. LEMCHE, N. P. The Israelites in History and Tradition. Louisville, Kentucky: Westminster John Knox, 1998, p. 141.

Última atualização: 05.01.2021 – 15h20

Print Friendly, PDF & Email