Publicada a primeira gramática de Aramaico Bíblico no Brasil

Esta notícia me chegou também através do Telmo Figueiredo, a quem agradeço pelas novidades:

Foi publicada a primeira gramática de Aramaico Bíblico em língua portuguesa. A edição é brasileira, realizada por um presbítero que deixou o ministério, após realizar estudos na Alemanha, e que trabalha como professor no Departamento de Língua e Literatura Hebraicas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, em São Paulo. O nome dele é Reginaldo Gomes de Araújo. O trabalho está bem feito e possui uma preocupação didática que perpassa toda a obra. Há vários exercícios e as conjugações verbais se destacam em duas cores, o que é uma novidade nesse setor de gramáticas de línguas bíblicas, pelo menos no Brasil! O livro saiu publicado por uma editora que também está debutando, a Targumim. De fato, esse é o seu primeiro livro publicado. Há promessas de outros para um breve futuro.

GOMES DE ARAÚJO, R. Gramática do Aramaico Bíblico. São Paulo: Targumim, 2005, 368 p. ISBN: 85-99459-01-5

Visite o site da editora e veja, além de uma descrição da publicação, o sumário da gramática. Isto dará ao interessado uma ideia mais precisa do que estamos falando.

Biblistas Mineiros preparam livro sobre a Obra Histórica Deuteronomista

O grupo dos Biblistas Mineiros, que publicou o número 88 da revista Estudos Bíblicos sobre a Obra Histórica Deuteronomista (= OHDtr), está ampliando os artigos em tamanho e número, para o lançamento de um livro a partir deste material, como tínhamos combinado no início do ano em nossa reunião em Belo Horizonte.

Recebemos hoje de nosso colega Telmo Figueiredo, que organizou a revista, o seguinte comunicado:

Até o final do mês de agosto, pediria a todos que contribuíram com artigos para o último número da revista “Estudos Bíblicos”, que me enviassem correções/acréscimos para serem incorporados à edição em formato livro que deverá ser publicada no começo do próximo ano. É importante observar esse prazo, pois, em setembro, o frei Ludovico Garmus, da Editora Vozes, já deverá ter em mãos todo o material para poder providenciar a edição do livro. Agradeço, desde já, o esforço de todos os/as colegas nesse sentido.

A espiral da violência no Oriente Médio

EUA endossam Israel, mas temem guerra regional

De Teerã ao Mediterrâneo, as crises do Oriente Médio avançam em alta e cada vez mais perigosa velocidade.

Na distante quinta-feira passada, a secretária de Estado Condoleezza Rice disse que não queria “especular sobre cenários apocalípticos”, em referência à escalada de violência que recolocou o Líbano velho de guerra no epicentro dos conflitos no Oriente Médio.

A escalada de violência permite especular sobre cenários apocalípticos, como uma guerra regional em larga escala, mas por ora a estratégia americana é reafirmar constantemente seu apoio quase incondicional a Israel nesta crise (sintetizado no argumento de que os israelenses têm o direito à autodefesa), enquanto o presidente George W. Bush subscreve apelos multinacionais, como o comunicado do G-8 divulgado no domingo em São Petersburgo, pelo fim das hostilidades, mas não um cessar-fogo imediato.

Existem os recados específicos do governo Bush para os israelenses tomarem cuidado com “os danos colaterais” na ofensiva libanesa e não provocarem o colapso do governo local.

Mas Washington concorda com o que parece ser a estratégia israelense: punir, conter e, na medida do possível, estrangular o grupo militante xiita Hezbollah. Essa estratégia provavelmente deverá incluir por semanas os bombardeios no Líbano, embora uma invasão por terra seja improvável.

A crise no Líbano, com seus desdobramentos regionais, anda de mãos dadas com o conflito mais localizado em Gaza (envolvendo Israel e o grupo islâmico Hamas).

Para Washington, ainda não é o momento de frear as ofensivas israelenses, pois elas atendem ao objetivo mais amplo de enfraquecer uma espécie de novo “eixo do mal” integrado pelo Hezbollah, Hamas e os dois países que os apoiam, Irã e Síria.

No domingo, Condoleezza RIce sugeriu em entrevista à televisão americana que Israel talvez precise prolongar a ofensiva no Líbano para reduzir a ameaça do Hezbollah.

Países árabes

Robin Wright, a correspondente diplomática do jornal Washington Post revela que, apesar do coro de indignação contra Israel “nas ruas árabes”, o governo Bush estima que existe um apoio tácito dos regimes conservadores árabes (em particular Egito e Árabia Saudita) à “feroz ofensiva” israelense (termo da agência de notícias Associated Press) para conter o populismo islâmico, em particular na sua versão xiita.

Já o conselheiro politico da Casa Branca, Dan Bartlett, ressalta que a indignação europeia com Israel tem sido mais contida do que no passado.

Obviamente não há garantias que a estratégia israelense seja bem-sucedida, especialmente se perdurar por muito tempo, com “danos colaterais” intoleráveis. O Hezbollah poderá sair fortalecido, o regime sírio ganhar uma sobrevida e o Irã se consagrar como o campeão dos interesses islâmicos (e não apenas xiitas).

Tais desdobramentos seriam reveses significativos para o governo Bush, que já viu murcharem seus argumentos no sentido de que a invasão do Iraque tornaria mais segura a vida de Israel e dos aliados árabes dos EUA. Uma relativa vulnerabilidade americana no Oriente Médio talvez tenha estimulado as provocações do Hezbollah com o impulso de Damasco e Teerã.

Ademais, a espiral de violência pode simplesmente fugir ao controle (como se agora já pudesse ser coreografada). Uma preocupação essencial do governo Bush é evitar um confronto direto com os iranianos no momento em que investe em lances diplomáticos multilaterais para coibir as ambições nucleares de Teerã.

A ofensiva israelense contra o Hezbollah pode complicar ainda mais os esforços americanos para pacificar o Iraque e criar um governo estável sob batuta xiita naquele país. Existe, portanto, o interesse dos EUA em radicalizar os conflitos no Oriente Médio através das ações de Israel, mas também impedir a construção dos cenários apocalípticos.

Fonte: Caio Blinder – BBC Brasil: 17/07/2006

Leia Mais:
Oriente Médio – Especial 2006

Blog sobre o BibleWorks

Michael Hanel e Jim Darlack, dois “heavy users” do BibleWorks, acabam de lançar um blog sobre o programa, desde janeiro em sua versão 7. Bem-vindos e sucesso.

O blog BibleWorks diz: Check this blog regularly for new user-created BibleWorks files. This blog is not officially affiliated with BibleWorks, but is maintained by BibleWorks enthusiasts.

Diz o post de abertura:

First, you must know that this site is not an official BibleWorks blog. This is a blog directed primarily by myself, Michael Hanel, and Jim Darlack, avid users of Bible software who have spent many, many hours working with BibleWorks and other Bible programs out there, but we felt we had something to offer to BibleWorks users. Both of us have been users of BibleWorks for a number of years and both of us have helped make more user-developed freebie extras available to other BibleWorks users (cont.)