Os instrumentos da helenização 2

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4. Semelhantes a deuses: a educação aristocrática

Outro forte instrumento da helenização é a paideia grega. A paideia, normalmente traduzida por “educação”, não é apenas a técnica que se aplica à criança (país). A paideia é também a cultura, e os latinos traduzem-na por humanitas. Assim, “o que une todos os gregos sem exceção, gregos da própria Grécia, emigrantes aglomerados desde o deserto da Líbia até as estepes da Ásia central, bárbaros, enfim, recentemente helenizados, é o fato de buscarem eles adaptar-se a um mesmo tipo ideal de humanidade, o fato de terem recebido a mesma formação orientada para esse fim comum – a mesma educação”[25]. A paideia tem, enfim, a mesma noção que damos à palavra “civilização”.

De todas as instituições educativas gregas, a mais característica, a mais oficial, a que se implanta por toda a parte onde chegam os gregos e que, por sua vez, é poderoso instrumento de implantação do helenismo, é a efebia. O termo efebia vem de éfêbos, “jovem”, “efebo”. A instituição é introduzida em Atenas no último terço do século IV a.C. após a derrota de Queroneia. A efebia de Atenas começa a funcionar regularmente a partir de 334-333 a.C. e é detalhadamente analisada por Aristóteles na sua “Constituição de Atenas”.

A efebia ática se assemelha ao nosso serviço militar obrigatório. Os demos (= distritos) fazem as listas dos jovens cidadãos que chegam aos 16 anos, que são alistados e cumprem dois anos de serviço: o primeiro nas casernas do Pireu, onde recebem educação física e militar; o segundo é empregado em manobras de campanha, guarda nos postos de fronteira e funções de milícia. Sustentados pelo Estado – recebem 4 óbolos por dia[26] – os efebos usam roupa característica: o pétaso – um chapéu de abas largas – e um manto negro. Aos 18 anos o jovem ateniense atinge a maioridade civil.

Mas a efebia ateniense não é apenas uma instrução militar: é uma iniciação cívica, moral e religiosa aos deveres e direitos do cidadão. É toda ela marcada pela ideologia da pólis. O curioso é que Atenas reage à sua desintegração quando não há mais conserto: a partir de 300 a.C. mais ou menos, a efebia perde o seu sentido militar, transformando-se em uma agremiação escolar onde se ensina a literatura e a filosofia. Observa H.-I. Marrou: “Ela não desaparecerá, mas, por uma evolução paradoxal, esta instituição, concebida para ser posta a serviço do exército e da democracia, transformou-se, nessa Atenas nova onde triunfa a aristocracia, num pacífico colégio em que uma minoria de jovens ricos vem iniciar-se nos refinamentos da vida elegante”[27].

Entretanto, na época helenística pode-se ver a efebia espalhada em mais de uma centena de cidades. E aí também, como em Atenas, a efebia é mais aristocrática do que cívica, mais esportiva do que militar. O que os gregos das colônias querem é que seus filhos sejam iniciados na vida grega e no gosto pelos exercícios atléticos, fator cultural que imediatamente diferencia um grego de um bárbaro. A efebia, nas colônias, é fator de helenismo e, por isso, fator de aristocracia[28].

A efebia funciona normalmente no ginásio. E há, então, magistrados encarregados pela cidade de dirigir a instituição. A função mais conhecida é a do ginasiarca ou “chefe do ginásio”  (gymnasíarchos): é um cidadão importante, influente e normalmente rico que assumirá esta função. Abaixo do ginasiarca há um encarregado da instrução dos efebos, chamado pedótriba (paidotríbôs): é um educador que une os conhecimentos das práticas esportivas às regras de higiene e às técnicas de desenvolvimento do corpo. Abaixo dele há o “chefe dos efebos” (efêbarchos), que comanda diretamente os jovens.

No ginásio o atleta faz seus exercícios totalmente nu, pés nus e cabeça descoberta[29]. Antes e depois dos exercícios, o corpo é friccionado com azeite, para o aquecimento, no primeiro caso, e para relaxamento no segundo caso. Após ser massageado, o atleta se cobre com fina camada de poeira, para proteger a pele da transpiração, do vento e do sol.

Os ginásios são numerosos no mundo helenístico e bastante semelhantes na sua estrutura. Atenas, por exemplo, tem três ginásios. H.-I. Marrou descreve o ginásio inferior de Priene, cidade da Jônia, como um tipo padrão[30]. A palestra (palaístra), área onde se praticam os exercícios, mede de 34 a 35 metros de lado. É um pátio coberto de areia. O vestiário (apodytêrion), a entrada do ginásio e uma êxedra[31] ficam do lado oeste. No lado norte há cinco salas: os lavatórios, uma instalação bastante simples de chafarizes que jogam água num tanque para o banho frio (loutrón); ao seu lado o depósito de azeite (elaiothésion) e, em seguida, a mais importante, o efebeum (efêbeion): é uma bela sala com as paredes revestidas de mármore, uma série de pilastras e a estátua do benfeitor ou mecenas do ginásio. Aí se reúnem os efebos para as conferências. Após o efebeum vem a sala onde se exercita pugilismo com um saco de areia (kôrykeion) e, finalmente, o depósito de areia e salão de massagens (konistêrion).

A pista de corrida se estende em direção nordeste: o estádio (stádion) de Priene tem 191 metros de comprimento e 18 metros de largura. Da mesma extensão do estádio é uma pista coberta, para exercícios sob mau tempo (csytós). As arquibancadas para o público ficam entre o estádio e a pista coberta.

As duas disciplinas características do ensino superior grego, e que são ensinadas no ginásio, são especialmente a retórica e a filosofia. Mas o quadro completo é composto pelas sete “artes liberais”: gramática, retórica, dialética, geometria, aritmética, astronomia e teoria musical. Só que a cultura adquirida pelos efebos é superficial, pois a efebia helenística dura apenas um ano e o ambiente é de uma frivolidade tipicamente aristocrática.

Essencial na educação literária ministrada no ginásio é a leitura dos clássicos. E entre os clássicos, o mais clássico reina supremo: Homero. E em Homero a Ilíada[32]. Quero aqui apenas chamar a atenção para três elementos importantes da obra de Homero, presentes tanto na “Ilíada” quanto na “Odisseia” e que certamente passam a fazer parte da mundivisão dos jovens efebos na época helenística[33].

O primeiro elemento é a significativa presença dos deuses na epopeia homérica. Em ambos os poemas, as ações se desenvolvem sempre em dois planos: o dos homens e o dos deuses. Mas estes planos estão entrelaçados: os deuses, apesar de imortais e sobre-humanos, têm paixões e sentimentos como os homens e participam de seu mundo e de seus conflitos.

Na Ilíada, por exemplo, os deuses participam da guerra entre os aqueus e os troianos: uns lutam do lado dos aqueus, como Hera, Atenas e Poseidon, enquanto outros estão do lado dos troianos, como Apolo. E eles lutam mesmo, segundo o poema, às vezes entre si, outras vezes apoiando os humanos com ardor e obstinação.

Mas não é apenas na guerra que os deuses estão presentes. Também nas várias situações cotidianas vividas pelos heróis homéricos os deuses se manifestam. E, na Odisseia, especialmente, com carinhosa familiaridade, como o encontro de Ulisses e Atenas no canto XIII.

O segundo elemento que é necessário salientar na obra homérica é o modelo de sociedade que aí aparece. O mundo da Ilíada e da Odisseia é um mundo aristocrático. Seus homens são heróis, seus heróis são reis e sua virtude fundamental é a bravura. O herói busca a glória e evita a covardia. Isto acontece tanto na guerra, que é o mundo da Ilíada, quanto na paz, que é o mundo da Odisseia. Outras virtudes praticadas pelos heróis: a hospitalidade, a cortesia e a ternura.

O último elemento para o qual chamo a atenção é a visão da vida em Homero: tudo é belo e grandioso, mesmo na guerra. “Existem belas taças, belas armas cinzeladas, capacetes resplandecentes, tecidos brilhantes, ricas moradas, vastos celeiros, onde o óleo guardado exala um perfume suave, e naus bem ajustadas, que correm sobre o mar. Os personagens, divinos ou humanos, são igualmente belos – pelo menos quando pertencem à aristocracia principesca. Os guerreiros são todos grandes e fortes. Todas as mulheres têm braços alvos”[34]. Enfim, uma visão otimista da vida, uma visão aristocrática que na época helenística é saboroso alimento para os espíritos gregos, conquistadores do Oriente e exploradores de suas riquezas.

Além de Homero, os outros três pilares da cultura helenística são Demóstenes, Eurípedes e Menandro.

Demóstenes, considerado o maior dos oradores gregos, nasce em Atenas em 382 a.C. e morre em 322 a.C. Temos hoje 61 discursos atribuídos a Demóstenes, mas é possível que alguns deles não sejam autênticos. Entre seus discursos destacam-se as quatro “Filípicas” – pronunciadas contra Filipe II – as três “Olínticas” (também contra Filipe II), e a “Oração da Coroa”, pronunciada em 330 a.C. (contra Ésquines), considerado o maior discurso do maior dos oradores[35].

Eurípedes é um grande dramaturgo do século V a.C. Das suas 18 tragédias conservadas, 17 são da época da guerra do Peloponeso (431-404 a.C.) e frequentemente possuem a marca da guerra. Eurípedes, apesar de ter escrito peças patrióticas, nas quais exalta Atenas, tem horror à guerra e prega a paz. Em Helena, que estreia em 412 a.C., canta o coro: “Sois insensatos, vós que buscais a glória nos combates, entre as armas belicosas, crendo, em vossa ignorância, encontrar nelas um remédio para as misérias dos mortais”.

É um mundo bem diferente do homérico. No mundo de Eurípedes os homens sofrem e o seu sofrimento é mostrado de modo realista e intenso em suas tragédias. Mas no mundo desencantado de Eurípedes os homens reagem e debatem tudo, à maneira sofista: todas as ideias, todas as dúvidas, todos os problemas são colocados na boca de seus personagens. E Eurípedes condena aqueles que tratam bárbaros e escravos como seus inferiores. Eurípedes é um desiludido observador crítico de seu tempo e em 408 a.C. deixa Atenas para ir morrer, dois anos depois, na Macedônia. Morre dois anos antes da derrota da cidade na guerra do Peloponeso.

Vamos, finalmente, a Menandro. Este comediógrafo nasce por volta de 342 a.C. e vive até 292 a.C. em Atenas. Escreve cerca de 100 comédias, só que a maioria se perde: de algumas só temos fragmentos, de outras, temos imitações latinas, como as de Plauto e Terêncio. Estreia sua primeira peça exatamente no começo do helenismo, em 320 a.C., apenas dois anos após a morte de Alexandre.

“Sou humano, e nada do que é humano me é estranho”: esta frase, que está na peça “Heauton Timorúmenos” (O atormentador de si mesmo) de Terêncio é com certeza de Menandro, e nos dá a chave para seu pensamento. Os homens precisam uns dos outros. A solidariedade humana é fundamental, acredita Menandro, pois o que os homens possuem de mais característico é exatamente a sua humanidade. “Que criatura agradável é o homem, quando ele é um homem”: este seu belo verso é uma síntese desta pregação. J. de Romilly completa: “Esse sentimento de fraternidade humana corresponde aos novos tempos, nos quais a cidade já não limita o horizonte do homem; o cosmopolitismo dos filósofos se reflete nele”[36].

A época helenística se mostra nas comédias de Menandro também como um tempo que exige solidariedade porque é um tempo de atribulações e tormentos. Em suas peças aparecem constantemente crianças não identificadas que não conhecem o pai: este viajara para longe ou a criança fora abandonada. Mas a solidariedade está presente sob a forma da ternura e da amizade que deve reinar entre as pessoas. E assim termino com outro dito célebre de Menandro: “Viver é isto: não viver somente para si mesmo”.

Sobre o ginásio de Jerusalém não temos testemunhos diretos de seu funcionamento. Mas podemos supor grande semelhança com os ginásios das outras cidades palestinas e fenícias. Sobre sua influência, é emblemático o que diz 2Mc: “Verificou-se desse modo, tal ardor de helenismo e tão ampla difusão de costumes estrangeiros (…) que os próprios sacerdotes já não se mostravam interessados nas liturgias do altar. Antes, desprezando o Santuário e descuidando-se dos sacrifícios, corriam a tomar parte na iníqua distribuição de óleo no estádio, após o sinal do disco. Assim, não davam mais valor algum às honras pátrias, enquanto consideravam sumas as glórias helênicas” (2Mc 4,13a.14-15).

 

Conclusão

Após a divisão do império de Alexandre em vários reinos, sabemos que o sistema administrativo tanto ptolomaico quanto selêucida foi um instrumento extremamente ativo no processo de helenização da Palestina. Mas, cumpre lembrar que, nesta época, apenas a aristocracia judaica tem acesso ao universo social grego. A grande massa da população sofre o processo, mas muitas vezes não se integra nele ativamente.

Porém, os mecanismos da helenização continuam a ser implantados e Roma, herdeira do helenismo, e ela mesmo helenizada, é quem o torna geral, amplo e irreversível. Por isso, para terminar, é sempre valioso dar uma olhada na época em que o idumeu Herodes Magno governa a Palestina, ou seja, de 37 a 4 a.C. Pois é sob Herodes que o processo helenizante se instala solidamente entre os judeus.

Em 37 a.C. Herodes torna-se o senhor da Palestina e governa o povo judeu durante 34 anos. Casa-se com Mariana I, neta de Aristóbulo II e Hircano II, entrando definitivamente para a família asmoneia[37].

Herodes luta com decisão para consolidar o seu poder. Isto significa, antes de mais nada, que ele elimina, através de assassinatos e intrigas várias, adversários seus, inclusive alguns membros de sua família – como esposas, filhos, sogra, sobrinhos. Consolidado o poder, constrói obras grandiosas na Judeia. Templos, teatros, hipódromos, ginásios, termas, cidades, fortalezas, fontes. Reconstrói totalmente o Templo de Jerusalém, a partir do inverno de 20-19 a.C. Valorizando o culto, Herodes Magno ganha para si o povo. Construindo fortalezas, controla possíveis revoltas. Matando seus inimigos, seleciona seus herdeiros. Apoiando a cultura helenística, aparece diante do mundo. Servindo fielmente a Roma, conserva-se no poder.

Entretanto, Herodes não tem legitimidade judaica, pois descende de idumeus e sua mãe é descendente de árabe. Assim, por ser estrangeiro, não tem para com os judeus nenhuma relação de reciprocidade e sua legitimidade se funda na própria estrutura do poder exercido[38]. Por isso, Herodes constrói uma estrutura de poder independente da tradição judaica: nomeia o sumo sacerdote do Templo, destituindo os Asmoneus e nomeando um sacerdote da família sacerdotal babilônica e, mais tarde, da alexandrina; exige de seus súditos um juramento que obriga a pessoa a obedecer às suas ordens em oposição às normas patriarcais e se a pessoa recusar o juramento, é perseguida; interfere na justiça do Sinédrio; manda vender os assaltantes e os revolucionários políticos capturados como escravos no exterior, sem direito a resgate, fazendo da venda à escravidão e da execução pessoal (a morte) normas comuns do arrendamento estatal.

Mas, se ele viola assim a tradição, como consegue legitimidade? A estrutura de poder do Estado sob Herodes é bem diferente da estrutura da época dos Macabeus: o rei é legitimado como pessoa e não por descendência e o poderio não se orienta pela tradição, mas pela aplicação do direito pelo senhor. O direito à terra é transmitido pela distribuição, pois o dominador a dá ao usuário: é a “assignatio“. A base filosófica helenística é que legitima o poder do rei, quando diz que o rei é “lei viva” (émpsychos nómos), em oposição à lei codificada, ou seja: o rei é a fonte da lei, porque ele é regido pelo “nous“. O rei tem função salvadora e, por isso, dá aos seus súditos uma ordem racional, através das normas do Estado. “O rei em sua pessoa é a continuação do seu reino e o salvador de seus súditos”[39].

Além disso, o poder militar de Herodes se baseia em mercenários estrangeiros que ficam em fortalezas ou em terras dadas aos mercenários (cleruquias) por ele (terras no vale de Jezrael), e nas cidades não judaicas por ele fundadas, a cujos cidadãos ele dá como posse o território que as rodeia, com os camponeses dentro!

 

Bibliografia

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>> Bibliografia atualizada em 23.09.2015

Artigos


[25]. MARROU, H.-I. História da educação na antiguidade, p. 159.

[26]. Um óbolo é igual a 1,03 gramas. No século IV a.C. o salário de um operário qualificado é de 2 ou 2,5 dracmas por dia e o de um operário não qualificado é de 1 dracma por dia ou de 6 óbolos, pois 1 dracma = 6,18 gramas.

[27]. MARROU, H.-I. o. c., p. 171.

[28]. Cf. Idem ibidem, p. 175.

[29]. Gymnásion indica um local onde as pessoas se exercitam nuas, de gymnós, “nu”.

[30]. Cf. MARROU, H.-I. o. c., p. 203-207.

[31]. Êxedra é um pórtico com assentos e serve como sala de conferências ou “auditório” (akroatêrion).

[32]. Homero é o maior poeta épico grego, autor da “Ilíada”e da “Odisseia”. Homero é provavelmente do século IX a.C. e sua linguagem o relaciona com os dialetos jônio e eólio da Ásia Menor. A Ilíada, em 24 cantos, conta um episódio do cerco de Troia (também chamada Ílion) pelos gregos, por volta de 1200 a.C., no seu décimo ano. O assunto é a cólera de Aquiles, causada por uma afronta cometida contra ele por Agamêmnon, líder das forças gregas.

[33]. Cf. para o que se segue, DE ROMILLY, J. Fundamentos de literatura grega, p. 17-43; HARVEY, P. Dicionário Oxford de literatura clássica grega e latina, verbetes Ilíada e Odisseia; JAEGGER, W. Paideia: a formação do homem grego. 5. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010.

[34]. Idem, ibidem, p. 38.

[35]. Sobre Demóstenes, cf. HARVEY, P. o. c., verbete Demóstenes; DE ROMILLY, J. o. c., p. 155-164. Esta autora observa na p. 161: “Demóstenes era democrata, mas precisamente por essa razão parecia-lhe que o verdadeiro remédio para todos os males possíveis seria o fortalecimento dos costumes democráticos. Para isso ele reclama duas coisas: o respeito à lei, e a vontade, da parte do povo, de aceitar suas responsabilidades”.

[36]. DE ROMILLY, J. o. c., p. 219; cf. também HARVEY, P. o. c., verbete Mênandros.

[37]. Cf. SAULNIER, C. Histoire d’Israel III. De la conquête d’Alexandre à la destruction du temple (331a.C.-135 a.D.).Paris: Du Cerf, 1985, p. 181-197. 

[38]. Cf., para o que se segue, KIPPENBERG, H. G. Religião e formação de classes na antiga Judeia: estudo sociorreligioso sobre a relação entre tradição e evolução social. São Paulo: Paulus, 1997, p. 109-116.

[39]. KIPPENBERG, H. G. o. c., p. 114.

Última atualização: 27.04.2019 – 13h20

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